• São Miguel do Iguaçu, 08/07/2025
  • A +
  • A -
Publicidade

Análise: Fluminense tem resiliência e coragem para derrubar mais um bilionário e seguir fazendo história


Análise: Fluminense tem resiliência e coragem para derrubar mais um bilionário e seguir fazendo história

Nem a chuva
quis estragar mais um dia histórico para o Tricolor, que saiu na frente, sofreu
empate e buscou novamente a vaga. Classificação veio com méritos para um time
aplicado taticamente

É simbólico
que o alerta de tempestade que tomou conta dos avisos da segurança americanos
para o horário de Fluminense e
Al-Hilal só tenha soado mesmo após o apito final, quando a tempestade
finalmente caiu. É quase um deleite, como se nem o clima quisesse estragar mais
um dia histórico para o Tricolor. O "patinho feio", como dito pelo
técnico Renato Gaúcho, segue contrariando expectativas e mostrando que não deve
ser subestimado. A classificação após a vitória por 2 a 1, neste sábado, no
Camping World Stadium, leva à semifinal da Copa do Mundo de Clubes a equipe que
desbancou mais um bilionário do cenário mundial.

Assim como
foi contra a Inter de Milão, o Fluminense deu mais uma aula técnica, tática e
de coração para superar o Al-Hilal. Os R$ 3 bilhões investidos em contratações
nas duas últimas temporadas e o apoio do Governo da Arábia Saudita podem montar
um esquadrão, com jogadores que seriam titulares na Europa. Mas não compram a
dedicação que cada um dos atletas do Fluminense teve durante 90 minutos. Nem
mesmo o misto de inteligência e ousadia que Renato Gaúcho está tendo para
montar as suas escalações.

A
classificação, da forma que foi, adiciona um ingrediente a mais. Diante da
Inter de Milão, o Fluminense não foi vazado e, apesar de suportar a pressão
italiana, esteve à frente desde o minuto três. Desta vez, teve que ter cabeça
no lugar para lidar com o empate, suportar a pressão dos sauditas e retomar a
busca pela vantagem. Conseguiu com méritos. Além dos elogios já citados, o
Tricolor mostra mais uma característica nesta Copa do Mundo de Clubes:
resiliência.

Na
semifinal, o Fluminense seguirá não sendo favorito. Tem menos investimento
financeiro nesta temporada e nos últimos anos. Mas, depois de tudo que já
aconteceu, talvez seja melhor assim.

Ao repetir a
escalação da vitória sobre a Inter de Milão, Renato Gaúcho reprisou também a
estratégia que deu certo: reduziu espaços, tirou a velocidade do adversário e
fez o Al-Hilal sair da zona de conforto. Com isso, tirou Malcom e Marcos
Leonardo de suas posições originais, os obrigando a mudar de posição para
buscar jogo. Sem velocidade, o jogo saudita ficou um pouco travado.

O Fluminense
se mantinha atento à defesa, mas se soltava ao ataque aproveitando o incômodo
do adversário. Não houve domínio de nenhum lado. Na verdade, foi uma partida
truncada, difícil e muito disputada no meio-campo. Nenhuma das equipes cedia
espaços e se as duas preocupavam demais com o contragolpe adversário.
Oportunidades foram poucas.

No
Fluminense, Nonato finalizou para fora a primeira chance. Na segunda,
Martinelli mostrou estrela para acertar o ângulo de Bono e abrir o placar. A
jogada nasceu de uma bola parada, tendo em vista as poucas oportunidades com a
bola rolando. Do outro lado, o Tricolor contou com o brilho de Fábio para ir
para o intervalo com vantagem. Na cabeçada de Koulibaly, o goleiro fez uma
defesa espetacular. Talvez a maior desta Copa do Mundo de Clubes.

Nas mudanças
táticas do lado do Fluminense, a que mais chamou a atenção foi Arias, que se
transformou em um segundo atacante, fez dupla com Cano e ficou muito por dentro
do bloco de defesa do Al-Hilal. Teve pouca aproximação com Nonato e Martinelli,
mas atraia a marcação e deixava o meio-campo mais aberto para as transições.

Na volta
para o segundo tempo, porém, veio o gol num lance bobo, na terceira bola parada
que Koulibaly subiu livre. Em uma delas não achou e Freytes tirou, na outra,
Fábio salvou. Na terceira, Marcos Leonardo ficou com a sobra e anotou. Porém,
felizmente, foi o único erro grave do Fluminense durante 90 minutos.

Aqui, o
ponto principal é a resiliência da equipe para reagir. Depois do gol, o
Al-Hilal cresceu, pressionou e abafou o Tricolor no campo de defesa. Passados
os minutos de sufoco, o Fluminense conseguiu se soltar aos poucos e voltar para
a disputa. Hércules, que substituiu Martinelli no intervalo, foi fundamental
para recuperar o controle do meio-campo.

Passada a
pressão, o Fluminense entrou numa armadilha, mas soube lidar bem com ela. No
segundo tempo, o jogo abriu após o Al-Hilal se expor para buscar o resultado e
a partida virou uma trocação entre os ataques. Com mais campo, a velocidade
favorecia o Al-Hilal, que era melhor. O risco, no entanto, fez com que o
Fluminense encontrasse espaço para voltar à frente no placar.

Hércules, o
mesmo que foi decisivo contra a Inter de Milão, roubou a bola, chutou no gol,
viu a rebatida sobrar para Samuel Xavier e atacou o espaço para fazer o segundo
gol do Fluminense. Mais uma classificação na conta.

Com o placar
favorável, o excelente sistema defensivo montado por Renato Gaúcho voltou a
fazer efeito. Quanto mais o tempo passava, mais o Al-Hilal se afobava. Os
cruzamentos na área em excesso foram a última arma e, mais uma vez, os
zagueiros do Fluminense foram impecáveis para garantir a vitória.

No fim, veio
a prometida chuva. Como diz a música, que só vem quando tem que molhar. O
Fluminense segue acreditando que a sua hora vai chegar nesta Copa do Mundo de
Clubes.































Fonte: GE




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.